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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Icasa é o grande clube do Nordeste

A situação é essa: Um time acaba de subir da Série C para a B. Começa o ano com apenas quatro atletas no elenco. No estadual, faz campanha razoável (cambaleante no primeiro turno e muito boa no segundo). Seu técnico é uma aposta, desconhecido do mercado e que assume a equipe só em junho. O orçamento, vale lembrar, é mínimo no clube. A previsão mais lógica é de que entre no Campeonato Brasileiro lutando para não cair, certo? Errado.
O Icasa chutou para escanteio qualquer teoria nesta Série B. De candidato ao rebaixamento, a equipe de Juazeiro do Norte virou postulante ao G-4. Não só passou longe da luta contra o descenso (só figurou em uma rodada entre os quatro piores) como paquera com o acesso há um bom tempo (ficou 14 rodadas entre os seis melhores).
Isso tudo com uma folha salarial que não passa dos R$ 300 mil, um custo operacional que (no mês mais puxado) beira os R$ 500 mil, um elenco sem nomes badalados e um treinador de 36 anos que tem apenas a segunda chance na carreira.
Sidney Moraes assumiu o Icasa em junho. Trouxe indicações e reforços. Somou ao time montado com muitos jogadores rodados no futebol nordestino nomes como o volante Radamés e o zagueiro Bruno Perone - só para citar os dois primeiros que desembarcaram com ele.
O fato é que o time deu liga. Neilson, Teles, Chapinha, Tadeu, Juninho Potiguar são só alguns integrantes de uma engrenagem comprometida com um sonho que se abriu para o clube durante a Série B. Todos baratos, eficientes e com um perfil parecido - algo que a diretoria planejou para evitar problemas fora de campo.
Por essas razões, o Icasa é o grande clube do Nordeste em 2013. Faz muito mais do que era esperado. Uma campanha épica que pode levar o Verdão do Cariri à elite do futebol nacional.

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